Deputado foragido acusa Supremo de silenciamento político e defende ativismo internacional

O deputado foragido Eduardo Bolsonaro (PL‑SP), que deixou o Brasil rumo aos Estados Unidos em março, afirmou nesta quarta-feira (23 de julho de 2025) que o Supremo Tribunal Federal (STF) bloqueou as contas bancárias de sua esposa, Heloísa Bolsonaro. Segundo ele, a restrição só veio à tona quando ela tentou realizar transações via Pix.

A denúncia ocorre no rastro da decisão decretada no último sábado (19), pelo ministro Alexandre de Moraes, que congelou não apenas as contas e bens de Eduardo, mas também suas chaves Pix, no âmbito de inquérito que investiga sua atuação nos EUA — supostamente para pressionar autoridades brasileiras.

Eduardo classificou as medidas como “arbitrárias e criminosas”, acusando Moraes de agir como um “ditador” e usar o aparato judicial para calar sua voz internacionalmente — mesmo enquanto permanece refugiado no exterior.

Com o bloqueio, o deputado foragido enfrenta impedimentos para receber ou transferir qualquer valor, inclusive repasses do pai, Jair Bolsonaro — cerca de R$ 2 milhões, segundo relatos. Ele promete manter pressão nos EUA e “não se curvar”, mesmo com direito de receber salário retido pela Câmara.

A ofensiva política reacende o conflito institucional entre o bolsonarismo e o STF. Enquanto isso, Washington responde com sanções: o ex‑presidente Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, em resposta à “caça às bruxas” promovida pelo Judiciário — e revogou vistos de ministros da corte, incluindo Morais.

O Supremo mantém sigilo sobre as decisões, mas reafirma que as ações visam garantir o cumprimento da lei. Por sua vez, a postura da família Bolsonaro — com Eduardo foragido, Flávio internado na Europa e Jair monitorado com tornozeleira — expõe a rede de apoio que articulou pressão contra as instituições democráticas.

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