Deputado foragido disse que levou ao governo Trump traduções críticas aos bancos brasileiros e exige que sanção da Lei Magnitsky garanta bloqueio total de contas de Moraes para qualquer movimentação financeira.

Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) sorri nos EUA enquanto ataca o STF. Nesta sexta‑feira, 1º de agosto de 2025, o deputado federal foragido disse que se reuniu com representantes do Departamento de Estado dos Estados Unidos e exigiu que o país adote o bloqueio total de contas de Moraes, estendendo a sanção por Lei Magnitsky a todas as moedas. Ele diz que apresentou traduções de reportagens brasileiras que alegavam limite da sanção apenas a dólares, mas os americanos negaram: o bloqueio total de contas de Moraes deve ocorrer em qualquer moeda.

O deputado não se deteve. Enviou aos EUA matérias que afirmavam que bancos no Brasil ignoravam parcialmente a Lei Magnitsky. Disse que muitos mantêm operações em real, minando o impacto da sanção. Os americanos avaliam agora emitir comunicados diretos às instituições financeiras brasileiras ou punir aquelas que continuarem permitindo movimentações de Moraes — um passo que transformaria o bloqueio total de contas de Moraes em fato consumado para o sistema bancário nacional.

Sabemos que nada disso tem qualquer comprovação, não existe prova que o governo dos EUA tenha qualquer contato com Eduardo Bolsonaro.

De qualquer forma, essa suposta ofensiva de Eduardo despertou reação imediata no Supremo. Durante a sessão de abertura dos trabalhos do Judiciário, o ministro Gilmar Mendes classificou o pedido como um “verdadeiro ato de lesa‑pátria”, afirmando que um deputado fugiu do país e fomenta ataques à soberania nacional. Luís Roberto Barroso reforçou: Moraes agiu com bravura para conter o autoritarismo e este tipo de pressão deve ser rejeitado por todos os brasileiros. O próprio ministro Alexandre de Moraes denunciou que essa tática reproduz o script golpista usado em 8 de janeiro de 2023, com articuladores no exterior tentando dobrar a Corte.

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