De acordo com Eduardo Bolsonaro, os EUA podem viabilizar sua candidatura ao Planalto
Sob risco de inelegibilidade no STF, deputado "projeta" intervenção americana contra decisão judicial desfavorável

O deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou a aliados que acredita que os Estados Unidos atuarão para viabilizar sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2026, mesmo com o risco de condenação que pode torná-lo inelegível.
Ele sustenta que, se o STF decidir pela sua condenação por coação no curso de processo — acusação que tramita contra ele — essa condenação poderia gerar retaliação diplomática dos EUA. Em sua visão, ministros da Corte estariam “atraindo para si novas sanções da Casa Branca” caso avancem contra ele.
Eduardo argumenta que as sanções impostas por Washington a magistrados e autoridades brasileiras não foram obra dele, mas de decisões da diplomacia americana — o que reforçaria seu entendimento de que uma decisão desfavorável ao STF poderia desencadear reações políticas externas.
No entanto, interlocutores do Palácio do Planalto veem seu intento com cautela: o recente diálogo entre Donald Trump e Lula teria enfraquecido a narrativa de Eduardo, já que ele e sua família não foram citados na conversa.
Na agenda diplomática, ganha espaço o encontro entre o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, para tratar das sanções e do “tarifaço” aplicado pelo governo americano ao Brasil.