Deputado licenciado critica Mourão por ignorar pressão chinesa, questiona quem “sabe” de soberania

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que está nos EUA articulando apoio para sanções contra autoridades brasileiras, voltou sua mira ao ex-vice-presidente Hamilton Mourão. No dia 15 de julho, Mourão criticou o envolvimento dos americanos no julgamento de Bolsonaro, afirmando que “não aceita que o Trump venha meter o bedelho num caso que é interno nosso”.

Em resposta nas redes sociais, Eduardo ironizou Mourão e o acusou de omissão diante de declarações supostamente hostis da embaixada da China:

“Neste mesmo período eu tive o recorde de 2 declarações oficiais, com ameaças veladas, da embaixada da China… Neste tempo o então vice‑presidente Mourão nada fez. Vai ver o errado sou eu e quem sabe de soberania é ele…”.

A publicação veio em meio ao turbilhão diplomático entre Brasil, EUA e China, com o debate sobre a soberania nacional em evidência. Mourão defendia que o país deveria resolver seus problemas internamente, sem interferência externa, após críticas de Trump à ação do STF e ao “tarifaço” sobre produtos brasileiros.

A provocação de Eduardo reforça a tensão interna no campo conservador. Enquanto o vice absorve críticas ao envolvimento americano, o deputado busca estender o conflito internacional, citando pressões chinesas que não aparecem no debate público. O embate revela divisões na estratégia bolsonarista diante da escalada diplomática.

Nos EUA, Eduardo vem articulando sanções ao STF via congressistas americanos, buscando apoio a uma lei semelhante à Magnitsky. O episódio com Mourão reforça o discurso de que a “soberania” só existe com tomar partido nas crises — e que qualquer silêncio é sinal de fraqueza.

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