Deputado foragido desqualifica viagem institucional em busca de apoio contra tarifas por medo e impõe postura radicalíssima

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL‑SP) lançou severa crítica à comitiva de senadores brasileiros que irá a Washington nas próximas semanas, alegando que a missão está “fadada ao fracasso” e é um gesto de desrespeito ao rompimento institucional causado pelo “tarifaço” anunciado por Donald Trump.

Na sua visão, a delegação, composta por representantes de diferentes partidos — do PT à direita bolsonarista — não teria legitimidade para falar em defesa do ex‑presidente. Ele reforçou que não tem qualquer vínculo com a missão e ironizou a presença de senadores ligados a Lula, afirmando que a iniciativa seria apenas um palco vazio, incapaz de enfrentar os “problemas reais”.

Eduardo criticou a viagem como uma tentativa de adiar a crise institucional por meio de uma ilusão de vitória diplomática. Segundo ele, buscar interlocução sem garantir a “restauração das liberdades fundamentais” — incluindo liberdade de expressão e fim das perseguições políticas — torna a operação inócua diante do que ele chama de ‘cartas claras’ vindas do governo Trump. Nesse sentido, reforçou que “não há sequer início de discussão sem anistia ampla, geral e irrestrita”, elevando ainda mais a radicalização de seu discurso.

Essa intervenção interrompe qualquer esforço suprapartidário para posicionamento diplomático diante da escalada tarifária dos EUA — que impôs uma sobretaxa de 50% a produtos brasileiros. O embate entre a narrativa bolsonarista, que aposta em manobras dragadas à crise interna, e a iniciativa do Senado, mais institucional e pragmática, expõe a tensão dentro da política nacional: de um lado, a resistência conservadora que insiste em pautas ideológicas; do outro, a tentativa de reaproximação internacional com foco na economia e na soberania nacional.

https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1947781219959091314

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