Eduardo Bolsonaro vira alvo de comparações com Olavo de Carvalho após diálogo Lula-Trump
Reaproximação diplomática entre Brasil e EUA relega Eduardo ao papel de “guru ideológico” desconectado da cena política

Com o recente contato entre os presidentes Lula e Donald Trump, aliados do bolsonarismo avaliam que Eduardo Bolsonaro (PL-SP) sofreu uma perda estratégica de influência — e agora estaria sendo visto como um “novo Olavo de Carvalho”.
Segundo o Diário do Centro do Mundo, o isolamento político e judicial ao redor de Eduardo se intensifica tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. As investigações no STF, as pressões na Câmara e o desgaste externo contribuem para que seu papel político efetivo se esvazie.
No meio bolsonarista, há quem diga que o canal diplomático aberto entre Lula e Trump marca uma guinada contra a estratégia de Eduardo e de aliados como Paulo Figueiredo, que vinham defendendo uma aliança ideológica permanente com setores da extrema direita americana.
Para seus críticos internos, o deputado tende a migrar para um perfil semelhante ao de Olavo de Carvalho: produzir vídeos, escrever livros, manter uma base de seguidores ideológicos — mas sem peso decisório real.
Nos bastidores, cogita-se que figuras como Tarcísio de Freitas assumam o papel de interlocutores entre Bolsonaro, Trump e setores conservadores dos EUA — ultrapassando o espaço que Eduardo vinha tentando ocupar no jogo diplomático.
Eduardo reconheceu publicamente que o diálogo entre Lula e Trump teve impacto político. Ele afirmou: “na data de ontem ocorreu uma grande vitória, porque em algum momento essa abertura desse canal aconteceria”.
Enquanto isso, observa-se que o efeito simbólico da comparação com Olavo pode tanto diminuir sua influência como reforçar sua base ideológica mais fiel — agora, como voz de consumo para seguidores em vez de ator de poder.
Fonte: Diário do Centro do Mundo