Eduardo Bolsonaro sugere vínculos do governo com grupos terroristas e pede sanções de Trump
Em vídeo gravado nos EUA, deputado foragido insinua que vice-presidente Geraldo Alckmin tem vínculos com Hamas e Hezbollah e apelou a Trump por sanções contra ministros do STF
Nesta segunda‑feira, 14 de julho de 2025, o deputado licenciado Eduardo Bolsonaro publicou um vídeo gravado nos Estados Unidos em que faz duras acusações contra o governo Lula, insinuando sem apresentar provas uma suposta ligação de membros do Executivo com os grupos Hamas e Hezbollah.
Na gravação, ele exibe uma imagem do vice‑presidente Geraldo Alckmin ao lado de autoridades do Irã e sugere que isso indicaria uma aproximação com organizações terroristas, embora não apresente evidência concreta de ligação efetiva. Ao explicar seu vídeo ele afirma que pretende “defender sua família” das investigações no Brasil.
Além disso, Eduardo Bolsonaro pediu ao ex‑presidente Donald Trump e ao secretário de Estado Marco Rubio que aplicassem a Lei Magnitsky — mecanismo americano para impor sanções a estrangeiros acusados de violar direitos humanos — contra ministros do Supremo Tribunal Federal, citando o ministro Alexandre de Moraes como alvo prioritário.
Ele justificou a medida afirmando que “quase todos” os membros de sua família enfrentam “julgamentos injustos”, e disse que a aplicação de sanções seria uma forma de “resgatar a democracia”.
O parlamentar, que está nos Estados Unidos desde março, tem buscado apoio político junto a congressistas republicanos e assessores da Casa Branca. Seu objetivo declarado é articular forças externas para pressionar o Brasil, aumentando o isolamento de autoridades do país e fortalecendo os argumentos da ala bolsonarista em defesa de Jair Bolsonaro.
Essa estratégia provocou reação imediata de setores políticos e jurídicos, que passaram a pedir a cassação de seu mandato. O PT já protocolou nova petição no STF acusando-o de conspirar contra a soberania nacional e atuar deliberadamente em benefício de interesses políticos no exterior.
