Em entrevista ao Metrópoles, deputado afirma que, caso Jair Bolsonaro não concorra em 2026, ele assumirá disputa — críticas ao sistema eleitoral e temores de “inviabilização” marcam discurso

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou nesta terça-feira (23/09/2025) que pretende disputar a presidência da República em 2026, caso seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, esteja impedido de participar da eleição.

Ele lembrou que Jair Bolsonaro foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 27 anos e 3 meses de prisão, o que configura sua inelegibilidade até 2062.
“Eu sou, na impossibilidade de Jair Bolsonaro candidato a presidente da República … candidato a presidente da República”, disse Eduardo, acrescentando que “o sistema corre e se apressa para tentar me condenar” e torná-lo também inelegível, possivelmente por meio da Primeira Turma do STF.

Ele sugeriu ainda que, se isso ocorrer, os Estados Unidos poderiam questionar a legitimidade da eleição brasileira: “Seria um tanto quanto humilhante para o presidente Trump permitir que um brasileiro […] seja tido como inelegível numa eleição do Brasil.”

A fala ocorre poucos dias após a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Eduardo e o influenciador Paulo Figueiredo pelo crime de coação em processo judicial, acusação que impacta sua estratégia política de 2026.


Contexto e implicações

  • Eduardo tenta posicionar como sucessor “natural” dentro de um cenário em que Jair Bolsonaro não pode disputar eleições.
  • Ao afirmar que teme ser declarado inelegível por decisões judiciais, ele reforça narrativa recorrente de que estaria sendo alvo de perseguição institucional.
  • A ligação entre esse discurso e as denúncias de coação levanta suspeitas de que seu plano presidencial está entrelaçado com manobras judiciais e partidárias.
  • Se Eduardo efetivar a candidatura, sua presença na disputa — especialmente com acusações pendentes — poderá polarizar ainda mais o debate eleitoral.

Fonte: Metrópoles

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