Deputado licenciado sugere retaliações severas de Trump se anistia a Bolsonaro não avançar

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, que está nos Estados Unidos desde março, alertou nas redes sociais que o ex-presidente Donald Trump poderia “jogar uma bomba nuclear no Brasil” — expressão usada como metáfora para novas sanções comerciais contra o país, caso não seja aprovada uma anistia ao seu pai, Jair Bolsonaro.

A declaração se deu em resposta a um vídeo do comentarista Paulo Figueiredo, aliado do bolsonarismo nos EUA, que afirmou: “Não. Presidente Donald Trump não jogou uma bomba nuclear no Brasil — ainda.” Figueiredo e Eduardo alegam que estão em diálogo com altas autoridades do Departamento de Estado americano, com o objetivo de boicotar negociações que não incluam uma anistia ampla, geral e irrestrita ao ex-presidente.

Eduardo reforçou a insinuação: “Não. Presidente @realDonaldTrump não jogou uma bomba nuclear no Brasil — ainda”, postou em seu perfil no X (antigo Twitter), instigando temor no mercado financeiro. A figura retórica ganhou atenção como mais um movimento de pressão para alterar decisões judiciais e legislativas no Brasil.

https://twitter.com/BolsonaroSP/status/1945319165276954827

Analistas interpretam o episódio como parte de uma estratégia dos bolsonaristas para conectar a crise comercial e tarifária com seu apelo por impunidade ao ex-presidente. A medida anunciada por Trump, que inclui uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, já está programada para entrar em vigor em 1º de agosto.

Enquanto isso, o governo federal, liderado pelo presidente Lula e com articulação do vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin, intensifica o diálogo diplomático nos EUA e dialoga com empresários para mitigar os impactos dessas medidas — movimento que Eduardo Bolsonaro e seus aliados tentam desgastar.

O episódio evidencia uma manobra política paralela ao processo institucional, numa tentativa de Eduardo Bolsonaro posicionar-se como interlocutor entre Trump e o bolsonarismo, além de ampliar seu protagonismo rumo à disputa presidencial de 2026.

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