Ao se colocar como protagonista de uma tarifa dos EUA que nem vai acontecer, Eduardo ataca o agro brasileiro, coloca a mesa dos brasileiros em risco e vira o principal culpado de boato frágil – e perigoso.

Em primeiro lugar, vamos combinar: Eduardo Bolsonaro tentou assumir um protagonismo que não existe. A suposta taxa de 50% sobre produtos brasileiros é, até agora, um blefe político — não um risco real. Quando ele se posiciona como pivô dessa história, ele não ataca Alexandre de Moraes nem o presidente Lula. Ele ataca o que realmente é vital: o agro brasileiro, responsável por exportações e por manter emprego e comida na nossa mesa.


1. Quem vai pagar o pato (ou o boi?) no fim?

Sabe quem realmente terá prejuízo se essa taxa for aplicada de fato? O agro. Não Moraes, não Lula. Açúcar, carne, milho, café — tudo isso sairia do bolso do produtor. E é o agro que gera riqueza e alimentação nacional. Eduardo transformou o setor em alvo. Uma falta de noção inequívoca.


2. O “blefe” virou gatilho para mudança positiva

Mesmo sendo um blefe, o impacto já é real. Produtores estão correndo atrás de novos mercados. O Brasil passa a produzir para si — não só para exportar. Quer dizer: se houver mesmo um tarifaço, o brasileiro pode ganhar mais acesso à picanha de boa e a outros produtos de qualidade. É a lei da oferta e da procura funcionando — contra quem queria… sabotar o agro.


3. Eduardo acendeu a guerra errada

Ele pensou que ia quebrar o Brasil. Mas, no lugar disso, quem sofre é quem produz. O agro se vê obrigado a diversificar. A conta do blefe? Vai entrar no bolso do brasileiro comum — ou melhora a distribuição, ou perdemos todos.


4. Bode expiatório e clivagem interna

Ao assumir a narrativa trumpista, Eduardo se isolou como alvo. Agora, a direita, o agronegócio, o Planalto — todos veem que foi um ato isolado e irresponsável. Ele se tornou o bode expiatório oficial, jogado na fogueira por quem de fato sente o impacto — e faz de tudo para proteger o agro.


✅ Por que isso importa?

  • Soberania alimentar: questiona se o agricultor vende pra casa ou fora.
  • Estratégia econômica: surge urgência de diversificar mercados e sem depender só dos EUA.
  • Política irresponsável: aponta quanto Eduardo se colocou acima das consequências reais.
  • Nacionalização da produção: introduz oportunidade de mais produtos bons no Brasil – se soubermos aproveitar.

💡 Conclusão

A frase‑chave “bode expiatório do agro” resume o que aconteceu: Eduardo Bolsonaro protagonizou um blefe político que não atinge juízes nem a Fundação Lula — mas atinge o que importa: produtores rurais, empregos e a comida na casa dos brasileiros. Que esse blefe se transforme em aprendizado: respeite quem planta, diversifique o mercado e recuse narrativas vazias. Se Eduardo quis ser protagonista, agora que pague o preço político — basta de brincar com o futuro da comida na nossa mesa.


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1 comentário em “Eduardo Bolsonaro incendeia agronegócio e se torna bode expiatório do tarifaço dos EUA – por Leonardo Stoppa

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