Redação

Brasília / São Paulo, 29 de agosto de 2025 – Em entrevista ao programa Contexto Metrópoles, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) declarou que sua família pode abandonar o Partido Liberal se o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, migrar do Republicanos para o PL. Segundo o parlamentar, a entrada de Tarcísio representaria um risco real de “apagar a família Bolsonaro do cenário político”.

Eduardo afirmou que, com esse cenário, o espaço político do clã já está sendo corroído:

“É o Bolsonaro preso, censurado; os filhos sem poder concorrer… vão me colocar centenas de anos de cadeia para não poder voltar ao Brasil.”

O deputado ressaltou que, caso Tarcísio assuma a liderança do partido e eventual candidatura, seria muito difícil manter uma participação bolsonarista significativa. Ele citou como exemplo frustrante a escolha da nova secretária de Cultura de São Paulo, Laís Vita, apontando que foi uma indicação ligada ao PSOL, ainda que ele tenha apresentado nome alternativo, que foi rejeitado.

Durante a entrevista, Eduardo também reafirmou sua insatisfação com o Supremo Tribunal Federal — especificamente com o ministro Alexandre de Moraes, criticando seu estilo de vida como incompatível com o salário público e insinuando financiamento paralelo via familiares do magistrado.

Contexto e Implicações

• A fala expõe fractura interna no PL e tensão crescente entre a ala Bolsonaro e a candidatura de Tarcísio, considerado nome forte da centrodireita para 2026.
• Ao lançar o alerta de que sua família pode deixar o partido, Eduardo sinaliza que o projeto político do clã corre risco de ser diluído na legenda.
• A crítica ao STF reforça o tom de enfrentamento judicial e institucional que marca sua atuação política atual.