Termo adotado por setores radicais expressa tentativa de personificação autoritária do bolsonarismo por Eduardo

O bolsonarismo dá um passo estratégico rumo à personificação autoritária: o termo “eduardismo” ganhou status oficial nos meios mais radicais da direita. A expressão designa o projeto político de estreitamento do foco ideológico no nome de Eduardo Bolsonaro, com um viés mais extremado e sem concessões — o bolsonarismo 2.0, urgente, duro e sem trégua.

Para os militantes que adotaram “eduardismo” como identidade política consciente, trata-se de romper com qualquer moderação remanescente e consolidar um estilo que prioriza culto à figura, confronto permanente, manipulação e ausência de freios institucionais. Em círculos do PL e da extrema direita, há quem diga que “eduardismo” seria a evolução natural de Bolsonaro — “sem os pesos do Jair, com a agressividade do filho”.

O uso público e intencional do termo é um sinal de que essa facção busca transbordar os limites regimentais do partido e do projeto bolsonarista tradicional. É narrativa de grupo que se afirma como mais “puro”, mais “radical” e pronto para liderar uma guinada autoritária mais direta.

Se o “eduardismo” decolar como marca institucional, teremos consequências profundas: padronização de linguagem radical, ampliação do apelo entre jovens ultraconservadores, disputa interna por protagonismo e risco real de escalada de violência política como prática legitimada.

Essa adoção faz parte do esforço de reestruturação da extrema-direita — digo, vassalocrata — para sobreviver sem depender do “mito”, sem estar à sombra de Jair, com identidade própria. Se consolidar, o “eduardismo” será menos um nome, e mais uma plataforma retórica que abraça o confronto ilimitado e a radicalização agressiva.

Fonte: Fórum

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