Ministro do STF autoriza PF investigar indícios de fraudes, superfaturamentos e contratos suspeitos envolvendo ex-presidente e correligionários

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira (18 de setembro de 2025) a abertura de inquérito da Polícia Federal com base no relatório final da CPI da Covid-19. A investigação busca apurar indícios de crimes, como fraude em contratos, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, e desinformação promovida durante a pandemia. =

O processo inclui como investigados o ex-presidente Jair Bolsonaro, seus filhos Flávio, Eduardo e Carlos, além de parlamentares, ex-ministros, empresários, blogueiros e influenciadores. Ao todo, são 24 pessoas alvos da apuração.


Quem está sendo investigado:

  • Jair Bolsonaro, ex-presidente da República
  • Flávio Bolsonaro, senador
  • Eduardo Bolsonaro, deputado federal
  • Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro
  • Ricardo Barros, deputado federal
  • Osmar Terra, deputado federal
  • Beatriz Kicis, deputada federal
  • Carla Zambelli, deputada federal
  • Carlos Jordy, deputado federal
  • Onyx Lorenzoni, ex-ministro
  • Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores
  • Allan dos Santos, influenciador digital / youtuber
  • Oswaldo Eustáquio, blogueiro
  • Hélio Angotti Neto, ex-secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos do Ministério da Saúde
  • Helcio Bruno de Almeida, tenente-coronel
  • Bernardo Pires Küster, youtuber
  • Paulo de Oliveira Eneas, ex-deputado estadual de São Paulo
  • Richards Dyer Pozzer, blogueiro
  • Leandro Panazzolo Ruschel, blogueiro
  • Carlos Roberto Wizard Martins, empresário fundador da Wizard
  • Luciano Hang, empresário fundador da Havan
  • Otavio Oscar Fakhoury, empresário
  • Filipe Garcia Martins Pereira, ex-assessor de Bolsonaro
  • Tercio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro

O que está sendo investigado

O inquérito irá examinar indícios de:

  • crimes contra a Administração Pública; contratos suspeitos; fraudes em licitações
  • superfaturamentos e desvio de recursos públicos
  • uso de empresas de fachada para prestação de serviços fictícios ou genéricos

Procedimento

O prazo inicial para a apuração é de 60 dias, podendo ser prorrogado conforme a necessidade de mais diligências.

Dino entende que foram cumpridos os requisitos legais para a instauração do inquérito.

Repercussões políticas

A medida reacende o debate sobre responsabilidades políticas e jurídicos do governo federal no enfrentamento da pandemia, sobretudo sobre negligência, desinformação e corrupção.

Aliados de Bolsonaro, por outro lado, tendem a denunciar que há perseguição política, solidariedade seletiva e uso de inquérito para desgaste eleitoral.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.