Ex-superintendente da PF que investigou facada em Bolsonaro é preso por suspeita de corrupção ligada à mineração
Rodrigo de Melo Teixeira é alvo da Operação Rejeito que apura esquema de mineração ilegal em MG

O delegado Rodrigo de Melo Teixeira, ex-superintendente da Polícia Federal em Minas Gerais, foi preso nesta quarta-feira (17/9) por suspeitas graves de corrupção, crimes ambientais e lavagem de dinheiro. A prisão ocorreu no âmbito da Operação “Rejeito”, que investiga um esquema criminoso organizado de mineração ilegal atuante em áreas tombadas do estado.
Teixeira ganhou notoriedade após chefiar o inquérito da Polícia Federal que apurou a facada sofrida por Jair Bolsonaro durante campanha eleitoral, em Juiz de Fora (MG). Ele foi exonerado de sua função de superintendente em fevereiro de 2019, pouco depois de Bolsonaro assumir a Presidência.
Segundo apurações, o delegado seria sócio de uma empresa envolvida no esquema que negociava direitos minerários. A corrupção, segundo a PF, envolvia também autoridades ligadas à Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais (Semad) e à Agência Nacional de Mineração (ANM), com atuação em áreas protegidas, como a Serra do Curral e a Serra de Botafogo.
Durante coletiva de imprensa, o diretor de Crimes contra a Amazônia da PF, Humberto Freire, confirmou que “um componente da Polícia Federal” foi atingido pela operação, referindo-se à prisão de Teixeira.
Fontes próximas à investigação informam que o ex-delegado atuava também no setor administrativo do Serviço Geológico do Brasil, onde era diretor de Administração e Finanças até sua detenção. Sua defesa ainda não se manifestou oficialmente sobre as acusações.
Fontes
- Revista Fórum — “Delegado da PF que investigou facada em Bolsonaro é preso”
- O Tempo — “Ex-superintendente da PF que investigou facada de Bolsonaro é preso suspeito de corrupção”