Ex-ministro da Defesa surge como histórico de resistência na narrativa oficial — caiu em contradição com o núcleo golpista e se apresenta como freio institucional

No segundo dia do julgamento da trama golpista no STF, a defesa de Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, impôs uma narrativa diferente da vassalocracia. O advogado Andrew Fernandes Farias declarou que o general não atuou alinhado com o golpe. Ao contrário, “tentou demover Bolsonaro de qualquer iniciativa de exceção” e reforçou que nada poderia ser feito diante do resultado eleitoral, segundo ele.

Farias ainda afirmou que Nogueira atuou para preservar a memória e honra das Forças Armadas, dizendo que o general era contrário a uma ruptura democrática — e que tinha tentado alertar o presidente sobre os perigos que aquilo representava.

Esse posicionamento o coloca como uma figura de contrapeso à narrativa pesada da trama golpista. Em vez de ser uma engrenagem, Paulo Sérgio aparece como freio institucional dentro do governo de Jair Bolsonaro — e isso o isenta de culpa direta na conspiração.

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