Celso Vilardi rebate acusações de golpe, questiona delação de Mauro Cid e denuncia cerceamento de defesa

No segundo dia de julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal, a defesa de Jair Bolsonaro adotou um discurso firme: “não há uma única prova” que aponte a participação do ex-presidente nos planos golpistas.

O advogado Celso Vilardi afirmou que não há evidência que vincule Bolsonaro ao “Punhal Verde e Amarelo”, à “Operação Luneta” ou aos ataques de 8 de janeiro. Segundo ele, a acusação se apoia em suposições, não em fatos concretos.

Vilardi foi além: chamou a delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid de “mentirosa” e cheia de contradições. Para a defesa, a colaboração não pode servir de base para uma condenação séria.

Ele também denunciou cerceamento. Disse que recebeu 70 terabytes de documentos da investigação muito tarde, com tempo exíguo para avaliação. “Não conheço a íntegra das provas”, declarou com franqueza.

A estratégia está clara: desmontar a acusação, desqualificar testemunhas e expor falhas processuais. Mas o tribunal avança com o julgamento, mantendo sua rota institucional intacta.

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