Copom sob Galípolo eleva Selic e aumenta dívida pública em R$ 150 bilhões
Desde que Gabriel Galípolo assumiu a presidência do Banco Central, a Selic subiu 2,75 pontos percentuais, atingindo 15%, resultando num aumento estimado de R$ 150 bilhões na dívida líquida pública ao longo de 12 meses.

Comandado por Gabriel Galípolo, o Copom elevou a taxa Selic para 15% ao ano — maior nível desde 2006. O impacto no caixa do Tesouro é expressivo: estima-se aumento de R$ 150 bilhões na dívida pública em 12 meses.
Elevação da Selic passo a passo
Desde a chegada de Galípolo, o Copom promoveu quatro altas da Selic, somando 2,75 pontos percentuais. A mais recente — de junho — elevou a taxa a 15%, desejando conter pressões inflacionárias, ainda que o custo fiscal seja imenso.
Qual o peso desse impacto fiscal?
Cada ponto percentual de Selic corresponde a cerca de R$ 55 bilhões a mais na dívida pública, segundo dados do próprio Banco Central. Com as 2,75 altas até aqui, a dívida poderá crescer por volta de R$ 150 bilhões em 12 meses.
Juros da dívida histórica
Os últimos dados mostram que, de maio de 2024 a abril de 2025, o gasto com juros alcançou R$ 928 bilhões — 20% mais que o período anterior. Com a Selic agora a 15%, esse gasto pode ultrapassar R$ 1 trilhão nos próximos meses.
Críticas da oposição
Lindbergh Farias, líder do PT, classificou a elevação como “indecente e proibitiva”, alertando que esse mesmo instrumento encarece a dívida pública e retira recursos essenciais de políticas sociais — ao contrário do mote de ajuste fiscal.
Perguntas para refletir
- Até onde juros altos servem à credibilidade do BC, e até onde pressionam as contas públicas?
- Em contexto de inflação não gerada por demanda, a Selic nesse patamar é eficaz?
- Qual será o custo social e econômico do ajuste monetário para investimentos e consumo?
Conclusão
A escalada da Selic a 15% sob Galípolo confere autonomia ao BC, mas eleva brutalmente a dívida pública. O Rubicão econômico é claro: juros contêm inflação, mas transferem o peso para os ombros do Tesouro e da sociedade. Resta saber até onde essa lógica valerá o preço fiscal.