Fundador da Reag é alvo de investigação por lavagem de dinheiro com vínculo no futebol

A trajetória reluzente de João Carlos Mansur ruiu na manhã de 1º de setembro de 2025. Ele, fundador da Reag Investimentos — até então celebrada na Faria Lima como “empreendedor arrojado” — agora enfrenta o escrutínio do Ministério Público de São Paulo. A Operação Carbono Oculto investiga se onze fundos da gestora foram usados para lavar dinheiro do PCC, comprando imóveis, veículos e até usinas de álcool.

Era janeiro e Mansur comemorava a entrada da Reag na B3, via uma manobra audaciosa de “barriga de aluguel” utilizando a GetNinjas. Em julho, era líder entre as gestoras independentes — com R$ 341,5 bilhões sob gestão em mais de 500 fundos. Mas agora o palco é outro: comandos judiciais derrubaram o verniz da governança.

Mansur não é só figurinha nos corredores dos bancos. É o cérebro por trás do Allianz Parque, voz influente junto a Leila Pereira no Palmeiras, presença forte nas finanças do Corinthians e investimentos em Juventus e Portuguesa. É o tipo de nome que une mercado, esporte e poder — e agora, possivelmente, crime organizado.

A investida lança luz sobre a conivência que por décadas ficou protegida pelo verniz da legitimidade. A PF, com apoio do MP, escancara que o crime não escolhe banco — infiltra-se, lava, lava, lava.

Em nota, a Reag negou qualquer ligação com o PCC, reforçando que atua segundo rigorosos padrões de compliance. Mas no mercado, já se comenta: a holding controladora estuda até vender o comando da gestora, em uma tentativa de blindagem — ou fuga?

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.