Em entrevista bombástica, Eduardo admite envolvimento direto em trama de insider trading e pressão sobre tarifas dos EUA; STF bloqueia bens.

Eduardo Bolsonaro confessou em vídeo que atuou como pivô de um esquema bilionário envolvendo informações privilegiadas e pressão internacional — termo técnico: insider trading. Ele admitiu discutir tarifas punitivas de até 50% sobre produtos brasileiros diretamente com integrantes do governo Trump, parte de um chamado “arsenal diplomático americano”.

O ex-deputado federal revelou que usou informação interna sobre possíveis sanções judiciais para influenciar tarifas, visando beneficiar fortunas ocultas. A fala contradiz suas próprias declarações anteriores de isenção.

Na esteira da confissão, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, determinou o bloqueio imediato das contas bancárias, operações via Pix e bens móveis e imóveis de Eduardo. A medida sigilosa, antecipada por CNN Brasil e confirmada pelo próprio parlamentar, teve decisão proferida no sábado e publicada na segunda, 21 de julho de 2025.

Em resposta, Eduardo qualificou a ação como “arbitrária e criminal”, afirmando que o STF, por meio de Moraes, está engajado em perseguição política — já que o bloqueio inclui até um mecanismo que restringe sua comunicação com o pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele fez alarde ao dizer:

“Eu só posso imaginar que ano que vem só vai concorrer quem eles também permitirem… impede ele [Bolsonaro] de ver o… meu filho… o que mais Alexandre Moraes quer?”

A articulação em solo norte-americano não para por aí. Eduardo — exilado autoimposto nos EUA desde fevereiro — buscava apoio de Steve Bannon e ala MAGA para pressionar o governo Trump a punir o STF por avançar contra a família Bolsonaro. O objetivo seria instaurar uma reação política e econômica contra o Judiciário brasileiro.

A combinação entre confissão pública, denúncia técnica de insider trading e medidas judiciais drásticas torna o caso de Eduardo Bolsonaro um marco. As investigações podem revelar se havia transferência financeira bilionária por trás da pressão externa — um roteiro que mistura crime econômico, interferência política internacional e tentativa de proteger poderes autoritários.

Compartilhe:

Deixe comentário

Seu endereço de e-mail não será publicado. Os campos necessários são marcados com *.