Nogueira considera o pedido inviável, mas agride-se com acusações de jogar “joguinho psicológico”; tensão interna expõe rachadura na base golpista.

O senador Ciro Nogueira (PP‑PI) decretou: não vai assinar o pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF — “pra que perder tempo com algo impossível?”, questionou, preferindo pragmatismo à retórica vazia. Enfatizou que não há os 54 votos necessários no Senado, e que, mesmo com adesão, o processo depende apenas de Davi Alcolumbre, presidente da Casa, que já descartou pautar o tema.

A reação veio descontrolada: Silas Malafaia, alinhado ao bolsonarismo mais raivoso, reagiu nas redes sociais com duras acusações. “Traidor!”, disse o pastor. Acusou o senador de promover um “joguinho político psicológico” para desmobilizar outros senadores. “Você é uma raposa e um camaleão na política”, concluiu Malafaia, exigindo coerência e cobrando lealdade ideológica.

O confronto escancara a fissura na frente golpista: enquanto Malafaia exige militância incondicional, Nogueira responde que política é cálculo — e, no momento, o impeachment é irrealizável.

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