Declarações expõem os limites da aliança entre a extrema-direita brasileira e a estratégia imperial americana.

Brasília / Washington, 24 de julho de 2025 – Em alerta divulgado pelo Diário do Centro do Mundo, o ex‑agente da CIA John Kiriakou afirmou que a Agência de Inteligência dos EUA monitora Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e possui uma afinidade por políticos de extrema-direita. “Eles amam homens fortes e políticos fascistas de direita”, declarou, referindo-se a Eduardo.

O ex-agente relatou que o monitoramento do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro não é para puni-lo, mas sim capturar informações estratégicas com potencial econômico. “As informações coletadas não são apenas para ficar nos arquivos, são compartilhadas com empresas dos EUA para lhes oferecer vantagem no comércio, nas bancas, nas finanças”.

O episódio reforça a trama complexa: bolsonaristas buscam deslegitimar o STF com narrativas conspiratórias enquanto cultivam relações com aliados de Washington, que agora podem estar lucrando com o acesso privilegiado às engrenagens do bolsonarismo. Essa é a própria lógica imperial: utilizar vínculos ideológicos para obter dados, influenciar mercados e consolidar poder.

Essa revelação soma-se a outras acusações de espionagem política envolvendo a “ABIN paralela”, que operou sob a administração Bolsonaro para vigiar opositores, jornalistas e até ministros do Supremo — frequentemente em conluio com interesses internacionais.

Mais do que um alerta sobre vigilância estrangeira, o caso de Eduardo Bolsonaro representa a militarização da política com atores internacionais. A CIA, longe de ser adversária, pode ser cúmplice estratégica — não para conter o bolsonarismo, mas para lucrar com ele. Resta ao Brasil fortalecer sua soberania institucional, quebrar os elos de submissão diplomática e recuperar o controle dos seus dados estratégicos antes que se tornem moeda de troca de corporações estrangeiras.

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