China, Rússia e Paquistão pressionam ONU por cessar-fogo após ataques dos EUA ao Irã
Na reunião de emergência do Conselho de Segurança, os três países apresentaram um projeto de resolução solicitando um cessar-fogo imediato e incondicional no Oriente Médio — um embate diplomático entre potências globais.

Em reunião de emergência convocada pelo Irã, o Conselho de Segurança da ONU recebeu proposta de cesar-fogo imediato e incondicional, apresentada por China, Rússia e Paquistão, em reação aos ataques norte-americanos às instalações nucleares iranianas. A ação marca um momento de forte contradição diplomática global, entre potências clamando por trégua e os EUA resistindo ao texto.
Em primeiro lugar: proposta de resolução
China, Rússia e Paquistão apresentaram um rascunho de resolução ao Conselho para exigir um cessar-fogo urgente no Oriente Médio, sem condições — incluindo condenação aos ataques contra instalações nucleares civis protegidas pela AIEA. O texto circulou entre os membros e aguarda comentários até segunda-feira à noite.
Por outro lado: resistência dos EUA
A resolução enfrenta oposição confirmada dos EUA, que intervirão para barrar o texto. Washington rejeita a proposta, reunindo apoio de seus aliados no Conselho e apontando defesa da prerrogativa de agir contra ameaças nucleares. A divergência reflete a crescente tensão diplomática.
Acresce que: momento de perigo extremo
O secretário-geral da ONU declarou que os bombardeios marcam “um perigoso ponto de inflexão” e alertou que o risco de ciclo de retaliação — “retaliação após retaliação” — pode abrir caminho para uma crise global. Já o diretor da AIEA descreveu danos graves em instalações subterrâneas, sem vazamento radiológico — agregando complexidade ao alerta nuclear.
Metáfora crítica: tentar apagar incêndio com gasolina
Apresentar resolução por paz enquanto bombas caem é como tentar apagar um incêndio jogando gasolina: é urgente, mas pode alimentar ainda mais o crescimento das chamas — e as tensões estão exatamente nesse ponto crítico.
Pergunta retórica
Se o objetivo é evitar guerra total, por que se recusa um cessar-fogo que poderia acalmar o clima antes que seja tarde demais?
Consequências imediatas
- Acirramento diplomático entre grupos com e sem veto no Conselho.
- A urgência do cessar-fogo ganha espaço em discursos oficiais na China e Rússia.
- O texto pode ser bloqueado, aprofundando a crise multilíngue.
- A comunidade internacional acompanha se o Irã continua pressão por condenação formal.
Impactos geopolíticos
- Divisão irreversível no Conselho de Segurança — eixo Rússia/China vs. eixo EUA/UK.
- Possível enfraquecimento da ONU se o veto travar a proposta, fragilizando sua autoridade.
- Aceleração da diplomacia paralela, com países buscando negociações bilaterais.
- Risco de fratura em acordos nucleares, se o impasse persistir.
- Precedente para futuras crises, onde potências contestam a atuação americana.
Conclusão
China, Rússia e Paquistão colocaram em xeque a dinâmica da ONU, exigindo cessar-fogo imediato enquanto os EUA se preparam para vetar. O momento é um enfrentamento direto ao poder norte-americano — e o mundo observa: será a ONU capaz de enfrentar as trovoadas antes que a tempestade se desencadeie?
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