CGU sabia das fraudes no INSS desde 2019, mas o INSS ficou inerte, diz depoente na CPMI
Auditoria da CGU identificou irregularidades desde 2019, alertou sucessivamente o INSS, mas o órgão ignorou os alertas — a impunidade que saqueia os aposentados

A Controladoria-Geral da União (CGU) sabia das fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) desde 2019, mas o órgão fez vista grossa aos alertas repetidos, revelou a diretora de Auditoria de Previdência, Eliane Viegas Mota, em depoimento nesta quinta‑feira (4/9) à CPMI do INSS.
Segundo Eliane, os primeiros sinais de irregularidades em descontos associativos indevidos foram detectados ainda em 2019 — a CGU suspendeu quatro associações naquele momento e recomendou providências ao INSS.
O alerta voltou a ser comunicado ao INSS e ao Ministério da Previdência em 2021, quando outros órgãos também deram o sinal de alerta. A CGU reforçou em 2024, com nova comunicação. Mesmo assim, nenhuma medida efetiva foi tomada pelos gestores do INSS.
A revelação ocorreu em plena CPMI que investiga o escândalo bilionário das fraudes, alvo da operação da Polícia Federal em parceria com a CGU — operação que escancarou o prejuízo aos aposentados e à seguridade social.
A comissão também anunciou requerimentos para ouvir figuras-chave, como Antônio Carlos Camilo, o “careca do INSS”, que tem depoimento agendado para 11 de setembro, e o ex-ministro da Previdência, Carlos Lupi, que será ouvido no dia 8.
Leonardo Stoppa, você pode analisar essa reportagem da revista Veja, porque, como você sabe, ela tem lado – o da direita fascista – daí mesmo sendo uma grande reportagem fica difícil saber o que ela ocultou na matéria.
https://veja.abril.com.br/brasil/alem-do-avanco-de-faccoes-como-pcc-brasil-vira-campo-de-atuacao-de-grupos-estrangeiros/#google_vignette