Desgaste emocional e ameaças externas pesam na decisão da ministra

Brasília – Depois da aposentadoria prematura de Luís Roberto Barroso, a ministra Cármen Lúcia está cogitando também antecipar sua saída do Supremo Tribunal Federal (STF), segundo fontes próximas. A decisão estaria sendo motivada por desgaste emocional e pressões acumuladas nos últimos anos.

De acordo com o jornalista Cláudio Dantas, que relatou o caso, interlocutores da ministra afirmam que sua reflexão sobre a aposentadoria decorre de “exaurimento espiritual” e da sensação de esgotamento diante das responsabilidades da Corte. Ela seria adepta de técnicas como o Reiki como forma de buscar equilíbrio diante das tensões do cargo.

Fontes também revelam receios de natureza diplomática: Cármen Lúcia teria sido informada sobre possível revogação de seu visto americano e teme ser alvo da Lei Magnitsky, que pode sancionar autoridades estrangeiras por violações de direitos humanos. Por não ter planos de residir fora do país, ela avaliaria que sanções financeiras ou de mobilidade poderiam impactar diretamente seu cotidiano.

Internamente, a ministra teria tentado persuadir Barroso a adiar sua saída, mas agora avalia assumir uma postura simbólica: deixar o tribunal para permitir que outra mulher ocupe a vaga e “reequilibrar” a presença feminina no STF.

Cármen Lúcia tem sido figura decisiva em julgamentos importantes. Em tema sensível como o primeiro núcleo da trama golpista, seu voto reforçou maioria favorável à responsabilização de quem atacou instituições.

Se a saída antecipada se confirmar, haverá novas articulações intensas para a vaga. Já são cotados nomes como Jorge Messias, Maria Elizabeth Rocha e Rodrigo Pacheco.

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