Vereador critica Polícia Federal por negar renovação de porte e acusa corporação de aplicar “ditadura” contra quem treina com armas

Em 3 de julho de 2025, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos‑RJ) criticou duramente a Polícia Federal por negar sua renovação de porte de arma. Ele qualificou a atitude da corporação como “ditadura”, enquanto divulgava nas redes seus diplomas de cursos de tiro, reforçando que está preparado e treinado.


Declarações e tom ofensivo

Carlos publicou vídeo em que exibe nove certificados de cursos de armamento, afirmando que continuar treinando sem poder portar foi um “desarmamento”. Em postagem no X, declarou que negar porte a quem busca “aperfeiçoar-se” representa postura autoritária:

“O único intuito é impor uma ditadura e defender seus comparsas.”


Contexto da negativa

A autorização para porte estava suspensa desde julho de 2023, após a PF considerar que Carlos não apresentou comprovação de risco ou necessidade além aos de parlamentares em geral. Desde então, o vereador recorreu à Justiça em busca de reversão, alegando ameaças de morte e referência à facada sofrida por seu pai durante a campanha de 2018.


Por que isso importa

  1. Tabu institucional: o confronto direto com a PF expõe polarização entre poder judiciário-policiais e conservadorismo armamentista;
  2. Narrativa simbólica: usar o termo “ditadura” coloca a PF sob suspeição de autoritarismo — mesmo atuando conforme normas;
  3. Mobilização política: postura pode atrair apoio de bolsonaristas e simpatizantes do direito ao porte — expandindo o debate para agendas legislativas.

Conclusão

Ao caracterizar a negativa da PF como “ditadura”, Carlos Bolsonaro tenta dar tom dramático à disputa pelo porte de arma. O episódio serve também para amplificar agenda ideológica e mobilizar seguidores, reforçando polarização e tensionando relações entre Poderes e corporações de segurança.


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1 comentário em “Carlos Bolsonaro chama decisão da PF de “ditadura” após negar porte de arma

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