Roberto Campos Neto, ex-presidente do Banco Central, defendeu a decisão do Copom de elevar a Selic para 15% — maior patamar desde 2006 — afirmando que manteria a mesma posição, não fosse sua “honestidade intelectual” recuperando credibilidade do BC.

Roberto Campos Neto avaliou que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a Selic a 15% ao ano era inevitável. Segundo o ex-presidente do BC, mesmo sob críticas, “eu teria feito a mesma coisa”, destacando a necessidade de restaurar a credibilidade do banco e controlar as expectativas de inflação.


Honestidade intelectual em cena

Campos Neto afirmou que poderia atrair críticas do atual governo, mas sua “honestidade intelectual” o impede de condenar a medida. Ele afirmou que a decisão não foi política, mas técnica — e a avaliaria como necessária, caso fosse presidente do BC hoje.


Objetivo: recompor credibilidade e conter inflação

O ex-presidente justificou que a alta da Selic era o menor custo para ancorar as expectativas de mercado, que vinham se afastando da meta estabelecida. A medida busca demonstrar firmeza e prevenir pressões inflacionárias — ainda que implique consequências para atividade e crédito.


Contexto da alta

Campos Neto conduziu o ciclo anterior de aumento de juros, elevando a Selic de 2% para 13,75% entre 2019 e 2024. A leitura de que era inevitável subir mais para combater a inflação e manter confiança no sistema definiu a postura técnica que defendeu agora.


Perguntas para refletir

  • O custo econômico da Selic a 15% justifica o reforço na credibilidade do BC?
  • O que pesa mais: controle inflacionário ou estímulo ao crescimento?
  • A postura de Campos Neto fortalece a autonomia do BC no Brasil atual?

Conclusão

Campos Neto reforça que a elevação da Selic era necessária e coerente com princípios técnicos. Ao assumir que “faria o mesmo”, ele sustenta a autonomia e a credibilidade do BC — postura que divide economistas entre prudência e custo social da política monetária.


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