Campo de Bacalhau entra em produção no pré-sal com meta ambiciosa de 1 bilhão de barris
Operado por Equinor em parceria com PPSA e multinacionais, projeto prevê 220 mil barris diários e geração de 50 mil empregos até 2055

O Campo de Bacalhau, localizado na Bacia de Santos, iniciou oficialmente suas operações nesta sexta-feira (17), marcando um momento estratégico para o setor energético brasileiro. O empreendimento é liderado pela petroleira norueguesa Equinor, em consórcio com ExxonMobil, Petrogal Brasil e a estatal PPSA.
O projeto foi concebido com estimativa de produção de 220 mil barris por dia, além de geração de cerca de 50 mil empregos diretos e indiretos ao longo de sua vigência (projetada para até 2055). As reservas recuperáveis do campo são estimadas em mais de 1 bilhão de barris de óleo equivalente.
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse que o início das operações em Bacalhau demonstra a confiança internacional no Brasil e reforça a “segurança jurídica” que o país tem oferecido ao setor. Ele afirmou que o governo do presidente Lula pretende converter o potencial energético em desenvolvimento social e oportunidades para a população.
Uma característica técnica de destaque: o FPSO que opera o campo é equipado com turbinas a gás de ciclo combinado, mecanismo que contribui para reduzir a intensidade média de carbono por barril produzido — uma bandeira relevante frente às pressões ambientais.
Esse campo se torna especialmente relevante por ser um dos primeiros no regime de partilha operados com participação significativa de empresas estrangeiras e sem a Petrobras liderando todas as fases de desenvolvimento.
A entrada em produção do Campo de Bacalhau fortalece a posição do Brasil no mapa global de energia e reafirma a aposta do governo em usar seus recursos naturais como motor de industrialização, emprego e autonomia geoeconômica.