Câmara inscreve Eduardo Bolsonaro em cadastro de devedores por faltas-sem-justificativa
A Câmara dos Deputados inscreveu o nome do deputado Eduardo Bolsonaro no Cadin por débitos de R$ 13,9 mil ligados a faltas não justificadas — um alerta sobre risco de perda de mandato.

a última segunda-feira, a Câmara dos Deputados tomou a medida de incluir o nome do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) no Cadastro Informativo de Créditos não Quitados do Setor Público Federal (Cadin), por dívida de aproximadamente R$ 13,9 mil referentes a faltas não justificadas registradas no mês de março deste ano.
O débito decorre do registro de ausências sem justificativa formal enquanto o parlamentar já estava nos Estados Unidos — e a licença do mandato só foi protocolada em 20 de março, deixando dias de ausência sem amparo administrativo.
Até agora, Eduardo acumula cerca de 39 faltas não justificadas. Se alcançar o limite de 45 ausências, equivalente a mais de um terço das sessões do ano legislativo, arrisca perder o mandato por excesso de faltas.
A cobrança surge após deliberação do Tribunal de Contas da União (TCU) que orientou a Câmara a apurar eventuais usos indevidos de recursos públicos durante o período em que o deputado esteve no exterior.
Segundo a Câmara, diante da insuficiência de saldo na folha de pagamento para quitação da dívida, foi iniciada cobrança individualizada. Agora o caso será encaminhado à Procuradoria‑Geral da Fazenda Nacional (PGFN) para análise de inscrição na Dívida Ativa da União.
Politicamente, o episódio enfraquece a posição de Eduardo Bolsonaro no seu próprio partido (PL) e pode comprometer alianças ou liderança interna — especialmente porque sua indicação como líder da minoria foi recusada pela Mesa Diretora da Câmara.
