Em meio a brigas dentro da direita, Ciro Nogueira, Valdemar e Sóstenes obtêm autorização do STF para visitar Jair Bolsonaro em prisão domiciliar — movimento evidencia reconfigurações de poder no bolsonarismo.

Em meio a conflitos públicos na direita, três nomes de peso — Ciro Nogueira (PP), Valdemar Costa Neto (PL) e Sóstenes Cavalcante (PL) — receberam autorização do ministro Alexandre de Moraes, do STF, para visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.

O gesto ocorre em um momento delicado: rachas e disputas entre alas bolsonaristas vêm se intensificando, com críticas cruzadas e articulações paralelas. Ciro, por exemplo, trocou farpas com Ronaldo Caiado, que contestou sua posição de influência e o acusou de tentar tomar lugar de destaque.

Além disso, Bolsonaro já vinha sendo alvo de movimentos para manter interlocuções internas e externas que possam resistir ao desgaste midiático e institucional. Ao permitir visitas de líderes estratégicos, o núcleo bolsonarista busca reafirmar a centralidade simbólica da figura de Bolsonaro, mesmo privado da militância pública.

O cronograma autorizado prevê visitas individuais e em datas distintas para cada um dos caciques, segundo o Radar da VEJA.

Essa reaproximação ocorre enquanto o bolsonarismo enfrenta uma crise de identidade: disputas por protagonismo, divergências sobre candidaturas em 2026 e negociações de bastidor que ameaçam fragmentar a base que ainda resiste à guinada progressista no Brasil.

Fonte: VEJA – Radar (via VEJA)

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