Redação

Os países do BRICS, que agora incluem Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul e novos membros como Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia, Irã e Indonésia, anunciaram o lançamento oficial do BRICS Pay—um sistema de pagamento digital inspirado no Pix brasileiro. A iniciativa busca reforçar a autonomia financeira do bloco, reduzindo a veneração ao dólar nas transações internacionais.

Desenvolvido com tecnologia blockchain, o sistema permitirá que pagamentos entre governos, empresas e bancos dos países-membros sejam feitos diretamente em suas moedas nacionais, sem necessidade de conversão via dólar ou euro. Isso reduzirá custos cambiais, aumentará a agilidade nas operações e protegerá os países da influência de sanções externas imposta por redes como o SWIFT, controladas pelo sistema financeiro ocidental.

Por que isso é estratégico para o Brasil e outros BRICS?

• O BRICS Pay visa integrar sistemas instantâneos já existentes, como o Pix (Brasil), SBP (Rússia) e UPI (Índia), para viabilizar transações rápidas e diretas entre esses países.
• O governo brasileiro, representado pelo presidente Lula, tem defendido, desde a cúpula anterior, a criação de métodos de pagamento que fortaleçam a multipolaridade financeira e liberem o bloco da dependência do sistema financeiro ocidental.
• Até 2030, há expectativa de que o sistema movimente bilhões de dólares em transações internas, ampliando o comércio local com maior eficiência e menos custos.