Redação

O BRICS Pay promete revolução no sistema financeiro mundial ao propor um sistema de pagamentos descentralizado, independente e em moedas locais, que vai desafiar diretamente a hegemonia do SWIFT e do dólar — preparando o terreno para uma nova arquitetura global, mais justa e soberana.

O sistema, apelidado de “Pix Global”, se apoia em tecnologia blockchain e no Decentralized Cross-Border Messaging System (DCMS) desenvolvido na Universidade de São Petersburgo. Ele permite conexões diretas entre bancos centrais dos países-membros, com alta capacidade transacional (até 20 mil mensagens por segundo), alta segurança e transparência, ultrapassando os custos e gargalos das redes tradicionais.

O BRICS Pay foi anunciado oficialmente na 16ª Cúpula do bloco, em Cazã (Rússia), em outubro de 2024, como solução para reduzir a dependência do dólar e fortalecer a autonomia comercial do Sul Global. Países como Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul — e novos membros como Egito, Irã, Etiópia e Emirados — demonstraram apoio à iniciativa.

O objetivo decisivo é garantir liquidez, segurança e soberania financeira, especialmente frente ao uso da Lei Magnitsky pelos EUA como instrumento de coerção. Ao permitir pagamentos diretos em yuan, rúpia, real ou outras moedas, o BRICS Pay diminui vulnerabilidades e custos cambiais — uma estratégia que pode movimentar centenas de bilhões de dólares por ano até 2030, segundo economistas, projetando um impacto direto na ordem financeira global.