Mauro Vieira rebate pressão ocidental, defende soberania comercial e acusa Otan de agir fora de sua alçada

O Brasil deu um basta às ameaças de sanções da Otan por seguir parceria econômica com a Rússia. O chanceler Mauro Vieira classificou hoje, 17 de julho de 2025, como “totalmente descabidos” os comentários do secretário‑geral da aliança, Mark Rutte. Vieira rebateu à CNN Brasil, afirmando que a Otan é uma aliança militar sem competência para impor punições comerciais ao país Brasil 247+4CNN Brasil+4Brasil 247+4.

O alerta de Rutte, feito na terça‑feira (15), sugeria aplicação de sanções secundárias e até tarifas de 100% contra países como Brasil, China e Índia, caso continuem comprando petróleo e gás da Rússia. A proposta estabelecia um prazo de 50 dias para Moscou se alinhar às negociações sobre a guerra na Ucrânia CNN Brasil+1Brasil 247+1.

Vieira expôs a incoerência ocidental: a União Europeia mantém importações russo‑energéticas enquanto tenta impor regras restritivas ao Brasil. Ele destacou que o país caminha pelo multilateralismo — negociando bilateralmente e dentro da OMC — e rejeitou a postura hegemônica dos blocos ocidentais CNN Brasil+1Brasil 247+1.

Diplomatas brasileiros ouvidos por fontes confiáveis tacham como “absurda” a pressão da Otan, alertando para riscos de desestabilização nos mercados de grãos, fertilizantes e energia. A Rússia é hoje o quinto maior exportador de alimentos e líder mundial em fertilizantes — insumos vitais para a agricultura do Brasil e outros países CNN Brasil+1Brasil 247+1.

A reação firme do Itamaraty reage a uma tentativa de cercear a autonomia comercial do Brasil por via militar. É mais um capítulo da tensão crescente entre o Ocidente e os países do Sul Global que se recusam a acatar sanções impostas por instâncias externas.

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