Ex-ministro afronta narrativa da PGR, alfineta “Punhal Verde Amarelo” e recusa acusações de financiamento de trama golpista.

Brasília, 14 de agosto de 2025 — Num momento explosivo no STF, o general da reserva e ex-ministro da Defesa, Walter Braga Netto, negou envolvimento no suposto plano conhecido como “Punhal Verde Amarelo”, que teria como alvo o presidente Lula e o ministro Alexandre de Moraes. Em suas alegações finais, enviadas ao Supremo Tribunal Federal, o militar também refutou categoricamente a versão de que teria entregue dinheiro ao ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid.

A Procuradoria‑Geral da República (PGR) sustentou que um encontro na residência de Braga Netto e o envio de recursos estariam associados à trama golpista que até sinalizava assassinatos políticos. Mas a defesa rebateu com ironia e contundência: “O tal documento sequer pode ser chamado de plano… cita diversos alvos (‘Jeca, Joca, Juca…’) e não define ação específica (tiro, envenenamento…)”, afirmaram os advogados. Se o “Punhal Verde Amarelo” não pode ser considerado um plano, “tampouco se pode chamar ‘Copa 2022’ de operação de execução”.

Quanto à acusação de repasse de dinheiro, Braga Netto afirmou que nunca entregou qualquer quantia a Mauro Cid. A versão do delator foi descrita como “confusa”, citando datas divergentes para um suposto pagamento — às vezes uma semana após 12 de novembro, outras duas, ou no próprio dia 6 ou 9 de dezembro. “Condená-lo com base apenas na palavra confusa de um delator é atentado contra a presunção de inocência”, defenderam os advogados na petição.

Além disso, a defesa pediu a anulação total do processo, alegando falhas processuais graves — como nulidades, uso de provas possivelmente ilícitas, suspeição do relator e vícios na delação de Mauro Cid, que teria sido obtida sem o aval da PGR.

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13 comentários sobre “Retirada de Máscara: Braga Netto nega plano de assassinato e acusações de repasse de dinheiro

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