Em depoimento ao STF nesta terça-feira (10), o general Walter Braga Netto negou com veemência ter entregue dinheiro em caixa de vinho ao ex-ajudante Mauro Cid para financiar atos golpistas, afirmando que não teve contato com empresários nem recursos nesse sentido.

O general Walter Braga Netto prestou depoimento por videoconferência ao Supremo Tribunal Federal (STF) como parte do inquérito que apura suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022. Na oitiva, ele refutou a versão de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, segundo quem teria recebido de Braga Netto uma caixa de vinho contendo dinheiro para financiar manifestações em frente a quartéis.

Braga Netto afirmou que nunca pediu, recebeu ou entregou qualquer quantia a Cid, nem manteve contato com empresários para esses fins. Segundo ele, o pedido de apoio feito por Cid foi relacionado a campanhas eleitorais do PL e não envolveu recursos pessoais nem intermediários em caixa de vinho.

O general explicou que Cid procurou o partido e o tesoureiro Azevedo para obtenção de recursos, mas que se tratava de contas de campanha, e que o assunto não foi além desse contexto.

Braga Netto também negou ter organizado a reunião em sua casa em novembro de 2022 que, conforme relatado por Cid, discutiria o plano “Punhal Verde e Amarelo”. Ele disse que desconhecia os coronéis presentes e classificou o encontro como visita de cortesia solicitada por Cid.


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