Durante evento do PL em Belo Horizonte, ex-presidente caracterizou o processo no STF como julgamento político, afirmou estar preparado e agradeceu o apoio financeiro recebido para a defesa.

Julgamento político, segundo Bolsonaro

Em encontro com lideranças do PL na Casa Pampulha, Belo Horizonte, nesta quinta-feira (26/6/2025), Jair Bolsonaro voltou a afirmar que o processo em tramitação no Supremo Tribunal Federal, que o responsabiliza pela suposta tentativa de golpe após as eleições de 2022, é um “julgamento político”. Ele acrescentou uma mensagem de firmeza: “o que vier a acontecer, suportaremos”, transmitindo determinação ante possíveis consequências jurídicas.


Defesa financeiramente estruturada

No mesmo evento, Bolsonaro fez agradecimentos ao suporte financeiro dos seguidores, afirmando que recebeu R$ 17 milhões via Pix. Segundo ele, esses recursos foram essenciais para formar uma “boa defesa” no STF e também auxiliar pessoas ligadas ao seu entorno.


Estilo firme e confiança bolsonarista

Com retórica confiante, o ex-presidente enfatizou que resistirá às acusações — incluindo as mais disseminadas ao longo dos últimos anos, como acusações de participação na morte de Marielle Franco e compras suspeitas. Bolsonaro indicou que não abandonará a arena política, mesmo diante de novos episódios de exposição institucional, reforçando seu protagonismo político após evento de seis dias ausente por motivos de saúde.


Por que isso tem relevância

  • Afirmativa de Bolsonaro reforça sua narrativa de vítima de perseguição política, mobilizando sua base.
  • A menção ao valor de arrecadação via apoiadores sinaliza poder de mobilização intensa e estrutura financeira própria.
  • O tom de resistência mostra que ele não pretende sair de cena, mesmo com eventuais condenações, e será presença ativa na disputa política até 2026.

O que observar daqui para frente

  1. Como o STF reagirá ao discurso de resistência, principalmente após coleta de provas no inquérito.
  2. A estratégia legal e política do PL, em especial nas eleições de 2026.
  3. Repercussão do discurso entre aliados e opositores: debate entre “resistência” e defesa da ordem institucional.

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