Defesa barra declarações públicas por orientação jurídica; autorizações de Moraes não alteram estratégia de silêncio

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) comunicou nesta sexta-feira (3) que o ex-presidente Jair Bolsonaro não concederá entrevistas atualmente — decisão alinhada à orientação de seus advogados e à estratégia de conter riscos institucionais.

Segundo Flávio, a defesa avalia que só autorizaria uma entrevista sob condições estritas: deve ser ao vivo e com garantia de que eventuais respostas não agravem as medidas cautelares impostas pelo STF. Ele disse que, “do jeito que está hoje, me parece uma pegadinha”.

A declaração ocorre mesmo após decisão do ministro Alexandre de Moraes, que intimou a defesa de Bolsonaro para manifestar interesse em entrevistas, inclusive ao podcast Café com Ferri. A autorização ministerial, no entanto, não obriga o ex-presidente a se expor.

Apesar do aval judicial, a defesa enxerga risco: declarações públicas podem ser usadas contra Bolsonaro em processos ou motivar agravamentos nas medidas cautelares que ele cumpre.

A opção pelo silêncio, portanto, reflete um cálculo estratégico: controlar a narrativa interna e evitar emboscadas jurídicas. Bolsonaro permanece em prisão domiciliar, sob rigidez das medidas impostas pelo STF, e sua abertura midiática está restrita ao critério da defesa.

Fonte: Diário do Centro do Mundo / SBTNews / CartaCapital

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