Bolsonaro diz que já mandou R$ 2 milhões para Eduardo e admite estar sem recursos
Após financiar estadia do filho nos EUA, ex‑presidente afirma que esgotou verba e confirma atuação do deputado licenciado em articulação contra o Judiciário

Jair Bolsonaro admitiu publicamente que já enviou cerca de R$ 2 milhões para o filho Eduardo se manter nos Estados Unidos. Mas afirmou: “não tenho mais” dinheiro para sustentar a permanência do deputado licenciado no exterior.
A declaração veio em Brasília, após reunião com aliados no gabinete do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Ele explicou que o dinheiro foi usado para manter Eduardo fora do país desde março, quando o filho precisou se afastar por temer ações do Judiciário — incluindo a retenção de seu passaporte.
Bolsonaro também confirmou que Eduardo tem usado seu tempo nos EUA para articular possíveis sanções contra o STF e o governo brasileiro. O ex‑presidente celebrou a decisão de Trump de impor uma sobretaxa de 50% sobre produtos brasileiros, como parte dessas articulações.
Flávio Bolsonaro, por sua vez, disse estar confiante de que a licença de Eduardo, que permite faltar até 44 sessões da Câmara, garantirá a permanência dele por cerca de cinco meses sem risco de perder o mandato.
A confissão expõe a dimensão financeira e política da estratégia familiar: investir recursos pessoais para impulsionar um projeto de influência internacional. Mas o alerta de que acabaram os recursos acende um sinal de desgaste e limitações logísticas para a ofensiva em solo estrangeiro.