PF identifica que Bolsonaro financiou ataques que resultaram no “tarifaço” de Trump
Investigadores apontam pagamento de R$ 2 milhões para promover sanções dos EUA; operação aprofunda cerco jurídico ao clã Bolsonaro.

O que foi apurado
A Polícia Federal aponta que Jair Bolsonaro, junto ao filho Eduardo, enviou cerca de R$ 2 milhões com o objetivo de financiar ações para pressionar autoridades dos Estados Unidos a aplicar sanções comerciais, o chamado “tarifaço” de 50% anunciado por Donald Trump sobre produtos brasileiros.
Contexto da pressão externa
O anúncio da tarifa, vinculado diretamente a manifestações de apoio político a Bolsonaro, provocou uma forte reação diplomática e correspondeu a uma tentativa explícita de barganha com o STF brasileiro. A ofensiva também elevou o risco econômico ao afetar setores como agronegócio, café e suco de laranja, com potencial de impacto nas exportações e no câmbio .
Implicações legais
A acusação de financiamento de influências externas se configura como possível obstrução de justiça e risco à soberania nacional. O valor identificado pela PF integra o inquérito PET 14129, reforçando a narrativa de que houve articulação para interferir no andamento de processos contra Bolsonaro no STF.
Repercussão política interna
O episódio motivou críticas severas do governo federal, que classificou o episódio como chantagem e anúncio de retaliação à soberania brasileira. O presidente Lula reagiu afirmando que não aceitará imposições externas e que o Brasil mobiliza instrumentos de retaliação, como a Lei de Reciprocidade Econômica .
Próximos passos
- A PF aprofundará investigações financeiras para mapear possíveis transferências entre o Brasil e os EUA.
- A PGR deve avaliar inclusão dessas evidências em denúncias por obstrução de justiça e organização criminosa.
- O STF pode tomar medidas preventivas, como bloqueio de bens, restrição de passaporte ou prisão preventiva, com base nas novas informações.