Bolsonaro sai do hospital após exames revelarem gastrite, esofagite e sequelas pulmonares
Autorizado por Alexandre de Moraes, o ex-presidente realizou exames em Brasília que apontaram necessidade de tratamento contínuo; segue preso em casa sob restrições judiciais

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL‑SP) deixou neste sábado (16 de agosto de 2025) o Hospital DF Star, em Brasília, após quase cinco horas de exames médicos — autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes. Ele chegou ao hospital por volta das 9h e recebeu alta às 13h58, retornando à prisão domiciliar onde cumpre decisão judicial.
De acordo com o boletim médico, os exames indicaram persistência de esofagite e gastrite, ainda que em forma menos intensa, além de imagens residuais de duas infecções pulmonares recentes, possivelmente decorrentes de episódios de broncoaspiração. Bolsonaro seguirá em tratamento medicamentoso contínuo, com monitoramento da hipertensão arterial, do refluxo e prevenção a riscos respiratórios.
Aliados e familiares relataram que o ex-presidente vinha sofrendo com crises de soluços, falta de ar e dificuldade para articular palavras, sintomas associados à cirurgia abdominal realizada em abril. O senador Flávio Bolsonaro (PL‑RJ) afirmou que a frequência desses episódios intensificou-se desde o início da prisão domiciliar — o que motivou a realização dos exames.
Durante o período hospitalar, Bolsonaro recebeu algumas visitas autorizadas, incluindo parlamentares como Junio Amaral, Luciano Zucco, Marcelo Moraes e a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão. Apesar de demonstrar fragilidade física, ele apresentou melhora de humor, sobretudo após momentos emocionais ligados à impossibilidade de contato com o filho Eduardo — atualmente nos EUA.
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro passou a atuar como principal interlocutora do ex-presidente com a cúpula do PL, neste cenário de distanciamento familiar forçado. Na próxima semana, a residência de Bolsonaro deve receber visitas políticas, como do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, o vice-presidente da Câmara Altineu Côrtes (RJ), e o senador Rogério Marinho (RN) — todas autorizadas pelo ministro Moraes.