Mesmo proibido de usar redes sociais, o ex-presidente repetiu o modus operandi das milícias digitais: difusão massiva de conteúdo via terceiros para driblar a Justiça.

A Polícia Federal aponta que Bolsonaro enviou mais de 300 vídeos via WhatsApp para burlar determinação do STF. Mesmo após ter sido proibido de se comunicar em redes sociais, Jair Bolsonaro continuou a disparar mensagens e vídeos por grupos com o objetivo claro de driblar as restrições judiciais.

O relatório da PF ressalta que essa prática não é caso isolado, mas segue “o modus operandi das milícias digitais”. Trata-se de uma estratégia de difusão em massa — “por multicanais, de forma rápida, contínua, utilizando pessoas com posição de autoridade”, tudo para dar “falsa credibilidade às narrativas propagadas”.

Esses envios ocorreram em diversas ocasiões, especialmente após medidas judiciais como prisão domiciliar, tornozeleira eletrônica e a proibição de uso de redes sociais. O objetivo era manter a difusão das mensagens, mesmo diante da explicitíssima ordem de bloqueio imposta pelo STF.

A investigação também destaca que Bolsonaro recebia orientações do pastor Silas Malafaia para disparar conteúdos em horários estratégicos. Em uma das mensagens, Malafaia orientou: “Atenção! Dispara esse vídeo às 12h.

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