Áudio de discurso durante impeachment mostra frase “Espero que a Dilma morra hoje, infartada ou com câncer”

Um áudio resgatado de 2015 voltou a circular nesta quarta-feira (17), trazendo Jair Bolsonaro dizendo explicitamente que desejava que Dilma Rousseff morresse “infartada ou com câncer”, no auge do processo de impeachment que culminaria na sua destituição. A frase, capturada durante ato político, foi publicada pelo Diário do Centro do Mundo como prova de que o ex-presidente em diversas ocasiões fez uso de linguagem violenta contra adversários políticos.

A declaração de Bolsonaro está inserida em discurso inflamado, em que ele expressa desejo de que o mandato de Dilma termine “hoje, infartada ou com câncer, ou de qualquer maneira”. O áudio provocou reação de críticos, que apontam que esse tipo de fala ultrapassa o limite do debate político e pode se enquadrar como incitação de discurso de ódio ou atentado psicológico. Especialistas em direito constitucional consultados por veículos de imprensa avaliam que há base para que sejam analisadas possíveis responsabilidades civis ou criminais, dadas as repercussões sociais desse discurso.

A nova repercussão acontece no momento em que Bolsonaro enfrenta problemas de saúde — ele foi diagnosticado recentemente com câncer de pele, com lesões em estágio inicial. Alguns analistas avaliam que essa coincidência entre o diagnóstico e esse tipo de discurso aumenta ainda mais o desgaste político e moral.

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