Defesa de Bolsonaro alega ausência de provas, acusa cerceamento e exige absolvição no STF
Em alegações finais no processo da trama golpista, defesa ataca delação de Mauro Cid, questiona tipicidade penal e exige anulação de provas — nova etapa antes do julgamento em setembro.

Na noite desta quarta-feira (13/08), os advogados de Jair Bolsonaro (PL) apresentaram suas alegações finais ao Supremo Tribunal Federal (STF) no processo que apura sua participação em uma tentativa de golpe de Estado. A defesa fez uso de três eixos centrais: afirma que faltam provas concretas para sustentar a acusação, que está sendo alvo de cerceamento de defesa, e que a delação premiada de Mauro Cid — seu ex-ajudante de ordens — é nula, pois supostamente foi obtida por meios ilícitos e sem respeito aos princípios do contraditório e ampla defesa. O ex-presidente rejeita ser responsável pelos eventos de 8 de janeiro ou pela elaboração da minuta golpista — inclusive a que previa a prisão de ministros do STF — afirmando que documentos como essa prisão nunca foram encontrados nos autos, o que torna o processo construído sobre narrativas, e não provas substanciais.
Essa apresentação formal marca uma última oportunidade das defesas antes do relator, ministro Alexandre de Moraes, organizar o processo para julgamento. A expectativa é que o julgamento do que é chamado de “núcleo crucial” da trama — composto por Bolsonaro e outros integrantes do esquema — ocorra em setembro, na Primeira Turma do STF. Esse grupo é acusado de organizar uma operação armada, promover ataque institucional ao Estado Democrático de Direito, golpe e danos à democracia com riscos de derrubar o governo eleito.
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