Redação

Segundo o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Jair Bolsonaro sofreu episódio de mal-estar marcado por soluços persistentes, queda de pressão e “falta de ar” nesta terça-feira (16). Flávio declarou que seu pai chegou a ficar quase 10 segundos sem conseguir respirar, antes de ser levado ao hospital DF Star, em Brasília. O ex-presidente teria travado o diafragma, sofrido vômitos “a jato” que teriam ajudado a restabelecer a respiração.

Esse episódio se soma a outro gravado em 2021: um vídeo amplamente compartilhado mostra Bolsonaro imitando pessoas com falta de ar durante lives, quando criticava orientações médicas que recomendavam procurar hospitais apenas em casos de sintomas respiratórios graves. O gesto, capturado em ao menos duas transmissões ao vivo, foi alvo de acusações de falta de empatia com pacientes da pandemia.

O contraste entre ambos os episódios — a crise física relatada por Flávio e o gesto público de anos atrás — reacende debates sobre ética, responsabilidade política e compaixão no discurso eleitoral. Enquanto apoiadores defendem que a imitação foi crítica legítima às políticas sanitárias, críticos apontam que comportamentos públicos que ridicularizam o sofrimento alheio contribuem para a diminuição da sensibilidade social e podem ferir direitos humanos de quem foi afetado pela covid-19.