Deputado exibe símbolo dos EUA durante coletiva no recesso; gesto gera vexame e acusações de traição a soberania nacional

A tropa bolsonarista apelou ao espetáculo entreguista nesta terça (22/07/2025). O deputado Delegado Caveira (PL‑PA) entrou em cena na Câmara com uma bandeira de Donald Trump durante coletiva organizada por seu grupo, tentando furar o recesso parlamentar. Não surpreendeu: a cena foi abafada pelos próprios aliados, que ordenaram a retirada imediata, temendo o desgaste da pantomima.

A bandeira surgiu enquanto o líder do PL na Casa, Sóstenes Cavalcante (PL‑RJ), reclamava do recesso e qualificava a atitude como “ilegal”. O episódio virou um vexame institucional: não era um ato diplomático, mas um cortejo político desesperado por palanque.

O deputado Paulo Bilynskyj (PL‑SP), que coordenava a ação, justificou a retirada com frieza: “não é o foco da reunião”, disse, contradizendo o próprio intuito de atrair holofotes.

A ousadia foi mais que simbólica. Esses parlamentares tentam pressionar a Câmara, convocando comissões durante o recesso, para aprovar moções favoráveis a Bolsonaro — mesmo após Hugo Motta (Republicanos‑PB) vetar essas ações até 31 de julho.

A reação não tardou. Lindbergh Farias (PT), líder da bancada petista, classificou o gesto como traição:

“Em plena Câmara, Casa do Povo, parlamentares da extrema‑direita hastearam uma bandeira de Trump… Isso tem nome: traição”.

É o símbolo da soberania nacional substituído por uma bandeira estrangeira. O recesso foi ignorado, o teatro armado. Virou ensaio para o palanque de um ex‑presidente prestes a sofrer medidas legais duras.

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