Programa da Nova Indústria Brasil financia projetos em energia, bioeconomia e tecnologia na região

O BNDES apresentou ontem, em Fortaleza, uma ambiciosa chamada pública para seleção de projetos estratégicos com foco em inovação, reindustrialização e desenvolvimento sustentável no Nordeste. A iniciativa faz parte da política industrial Nova Indústria Brasil e envolve um aporte de R$ 10 bilhões.

A chamada conta com o apoio do Banco do Brasil, Caixa, Banco do Nordeste e Finep, além de suporte técnico da Sudene e do Consórcio Nordeste. Os projetos devem ter investimento mínimo de R$ 10 milhões e se enquadrar em cinco áreas prioritárias:

  1. Transição energética, com ênfase em soluções de armazenamento de energia
  2. Bioeconomia, voltada ao desenvolvimento de fármacos
  3. Hidrogênio verde e tecnologias de descarbonização
  4. Data Centers verdes
  5. Indústria automotiva e tecnologias para agricultura familiar

A apresentação, realizada na Federação das Indústrias do Ceará (FIEC), contou com a diretora do BNDES para micro, pequenas e médias empresas, Maria Fernanda Coelho, que destacou o protagonismo do Nordeste no novo ciclo de industrialização. Segundo ela, a regionalização do fomento ataca a raiz do problema desigualitário e fortalece as cadeias produtivas locais.

Empresas brasileiras, cooperativas e subsidiárias de multinacionais com atuação ou intenção de atuar na região podem inscrever seus projetos até 15 de setembro. A avaliação será concluída até 28 de novembro, com contratos e execução previstos para início em janeiro de 2026.

Além do financiamento tradicional, o programa oferece subvenção econômica não reembolsável e participação societária. Sudene e Consórcio Nordeste fornecem suporte técnico para garantir aderência regional e inovação nos projetos.

A expectativa do BNDES é que essas iniciativas gerem milhares de empregos, promovam inovação tecnológica e impulsionem a economia nordestina, hoje responsável por apenas 19% da produção industrial nacional. A ação também amplia o acesso dos nove estados nordestinos a recursos antes concentrados no Sul e Sudeste .

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