Ministro sai do Supremo com discurso de “consenso”, metas ambiciosas e perfil eleitoral claro

Luís Roberto Barroso deixa o STF com ares de candidato. Ele já formalizou uma pré-agenda presidencial — muito além do discurso habitual de quem se aposenta — com motes de conciliação, combate à pobreza e priorização da educação.

Durante seu mandato no Supremo, Barroso se mostrou firme contra os ataques da extrema-direita, dizendo que o tribunal atua na defesa da “democracia” frente a um movimento global de radicalização. Ele aproveitou esse momento para projetar uma plataforma política: erradicação da pobreza, recuperação do crescimento econômico, ênfase em ciência e tecnologia, segurança pública, saneamento e prioridade à educação básica.

Barroso também se posicionou a favor da “imprensa tradicional” como contraponto às narrativas inventadas nas redes sociais — uma alfinetada indireta ao ecossistema midiático que ele mesmo critica.

O texto admite que o discurso de “agenda de consenso” soará como estratégia pré-eleitoral: “material típico de pré-candidatos a alguma coisa”, aponta o autor, sugerindo que Barroso já prepara terreno.

Barroso afirmou que sua saída do tribunal não é gesto contingente, mas decisão amadurecida — anunciou que comunicou Lula com antecedência e pretende cumprir pendências antes de deixar oficialmente a Corte.

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