Saúde, impedimentos judiciais e compromissos partidários afastam lideranças bolsonaristas do próximo ato na Paulista.

O próximo ato da extrema‑direita marcado para este domingo, 3 de agosto de 2025, na Avenida Paulista não contará com a presença de três nomes centrais do bolsonarismo: o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Todos têm justificativas anunciadas para a ausência.

Tarcísio de Freitas informou, por meio de nota oficial, que será submetido a um procedimento médico no domingo: uma radioablação por ultrassonografia de tireoide no Hospital Albert Einstein. O procedimento tem caráter ambulatorial e ele deve receber alta no mesmo dia, retornando ao trabalho no Palácio dos Bandeirantes já na segunda-feira.

Jair Bolsonaro, por sua vez, está impedido judicialmente de participar. Ele cumpre medidas cautelares impostas pelo STF que incluem restrição de circulação aos fins de semana, o que o torna incapaz de comparecer ao evento.

Michelle Bolsonaro deixou clara sua ausência alegando conflito de agendas: compromissos do PL Mulher no estado do Pará durante o fim de semana, os quais não puderam ser desmarcados.

A manifestação pretende reforçar um discurso hostil ao ministro do STF Alexandre de Moraes e à aplicação da Lei Magnitsky contra lideranças bolsonaristas. Ainda assim, o movimento tem enfrentado dificuldade em mobilizar público — no ato realizado em 29 de junho último, apenas cerca de 12 mil pessoas compareceram, marcando um esvaziamento claro em relação a manifestações anteriores.

Apesar de ser uma iniciativa convocada por Bolsonaro, essa não é a primeira vez que grandes nomes do bolsonarismo optam por não participar de seus atos. A jogada política emerge como sintoma de um esvaziamento e de uma fragmentação crescente dentro do movimento.

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