Santuário que abrigava centenas de civis foi atingido por bombardeio, provocando indignação internacional.

Um ataque militar israelense atingiu a Igreja da Sagrada Família, a única paróquia católica da Faixa de Gaza, nesta quinta-feira. Três fiéis que buscavam refúgio no local — incluindo um zelador e duas mulheres, de 60 e 84 anos — foram mortos. Outros dez fiéis ficaram feridos, entre eles o padre argentino Gabriel Romanelli, que sofreu ferimentos leves na perna.

A igreja, que havia se tornado um dos poucos refúgios seguros para centenas de civis — incluindo idosos, pessoas com deficiência e crianças — sofreu danos estruturais severos. As Forças de Defesa de Israel confirmaram estar investigando o incidente, alegando que poderia ter sido um disparo acidental .

Autoridades religiosas condenaram o ataque. O Patriarcado Latino de Jerusalém pediu respeito aos locais sagrados e à proteção de civis. O papa Leo XIV manifestou profunda tristeza e cobrou um cessar‑fogo imediato. A primeira‑ministra da Itália, Giorgia Meloni, classificou o ataque como “inaceitável” e ressaltou que nenhum objetivo militar justifica atingir civis ou espaços religiosos.

O atentado ocorre num momento sensível das negociações de cessar‑fogo entre Israel e Hamas, com potenciais avanços diplomáticos interrompidos pela escalada da violência.

A Sagrada Família funcionava como abrigo para cerca de 400 civis deslocados desde o início do conflito.

Incidentes anteriores envolvendo igrejas em Gaza chamam atenção para a vulnerabilidade de locais religiosos protegidos por leis internacionais.

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