Mensagens e documentos do coronel Flávio Peregrino, apreendidos pela PF, expõem que “sempre foi a intenção” de Bolsonaro se manter no poder após a derrota; relato aponta tentativa de empurrar a fatura do golpe para os militares.

Assessor de Braga Netto diz no WhatsApp que Bolsonaro tramou golpe — e que, na hora H, “tirou o corpo fora”. O conteúdo extraído do celular do coronel da reserva Flávio Peregrino, braço direito de Walter Braga Netto, confirma o que o Brasil já suspeitava: a permanência de Jair Bolsonaro no poder, mesmo após perder a eleição, não era devaneio; era plano. As anotações e mensagens indicam a busca de um verniz “jurídico” para justificar ruptura, enquanto se tentava jogar a responsabilidade nos quartéis. A máquina vassalocrata queria golpe com assinatura alheia.

O material reforça a narrativa documentada por investigações anteriores: Bolsonaro queria seguir no cargo, e o entorno pressionava por medidas de exceção travestidas de legalidade. O detalhe incômodo para os golpistas é que há rastro: WhatsApp, rascunhos, cronogramas. Não é opinião; é evidência. Assessor de Braga Netto diz no WhatsApp que Bolsonaro tramou golpe e deixa registrado o desprezo pela democracia e pela lealdade com as próprias Forças Armadas.

Essas revelações se somam ao quadro já desenhado: a PF aponta Braga Netto como figura central na estratégia de desacreditar as eleições, e a PGR descreve o general como protagonista na intentona. O padrão é claro: fabricação de caos, tentativa de intervenção e, quando a maré virou, cada um correu para salvar a própria pele. O STF segue firme. A lei também.

O recado político é direto. Quem tentou sequestrar o voto popular precisa responder com penas exemplares. Não haverá blindagem corporativa nem anistia branca. A democracia tem memória — e provas.

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13 comentários sobre “Assessor de Braga Netto diz no WhatsApp que Bolsonaro tramou golpe e “tirou o corpo fora”

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