Quaest revela: 53 % apoiam prisão domiciliar de Bolsonaro, mas redes seguem divididas
Levantamento aponta que a decisão de Moraes sobre prisão domiciliar do ex-presidente dividiu perfeitamente o país — com 1,2 milhão de menções nas redes, metade celebra e metade acusa autoritarismo.

Um levantamento da consultoria Quaest, monitorando 1,2 milhão de menções nas redes sociais, indica que 53 % das interações expressaram apoio à prisão domiciliar imposta por Alexandre de Moraes ao ex‑presidente Jair Bolsonaro, enquanto 47 % criticaram a medida como excessiva ou autoritária.
A análise incluiu publicações em plataformas como X, Facebook e Reddit, com pico de volume chegando a mais de 50 mil menções por hora e envolvimento de milhares de usuários engajados no debate digita.
A polarização é evidente: os apoiadores da medida usaram hashtags celebrativas como “#JustiçaJá” e “#FimDaImpunidade”, enquanto o grupo contrário encampou discursos baseados em contestação da autoridade institucional, sob a bateria de #CensuraJustiça e #ExcessoDePoder.
A prisão domiciliar foi justificadamente aplicada devido ao descumprimento reiterado de medidas cautelares impostas pelo STF, como a proibição de uso de redes sociais e a retomada de discurso político por meio de terceiros.
Embora a margem de aprovação seja maioritária, o placar quase empatado evidencia uma divisão intensa: cada lado defende narrativas opostas sobre legalidade, democracia e poder judicial. A pesquisa confirma que a polarização política segue contaminando a esfera digital, mesmo após decisões claras do Judiciário.